Para contemplar os lírios do campo

   A humanidade tem, ao seu dispor, todas as facilidades que a tecnologia pode oferecer... Tudo que o dinheiro pode comprar. Mas falta amor... Respeito... Compreensão... Gentileza. 
    Os valores estão se perdendo. Basta circular pelas ruas e avenidas, de carro ou a pé, para constatar que poucos são os que se preocupam com o bem-estar alheio. No trânsito é um “salve-se quem puder”... Até parece que o mundo está prestes a terminar (há uma pressa quase sempre injustificável). A paciência já é algo considerado raro.
    As demonstrações de carinho, sem esperar algo em troca, estão cada dia mais escassas. Falta tempo para contemplar as pequenas coisas da vida... Para observar as flores, as cores, os sorrisos e os sentimentos de quem passa... Para sentir os aromas e os sabores... Para conversas agradáveis e momentos de contemplação.  
    Corre-se atrás de realização profissional... De riquezas... Esquece-se de dar atenção aos filhos, aos pais, aos irmãos, aos amigos e, inclusive (por que não?), aos desconhecidos. Poder e dinheiro parecem estar se tornando os mais importantes ingredientes da “felicidade”.
    Penso que riqueza e poder são apenas minúsculos ingredientes da verdadeira felicidade. O importante é que: Tenhamos mais tempo para contemplar as pequenas coisas da vida... Que possamos sentir o cheiro das flores... Que possamos ouvir o canto dos pássaros... Que tiremos um tempo para assistir o nascer/pôr do sol... Que a vida nos possibilite mais conversas agradáveis... Que encontremos, sem a necessidade de provações, a felicidade que tanto procuramos. Porque a vida passa... E, “quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida... Quando se vê passaram 50 anos... Agora é tarde demais para ser reprovado”. (O trecho em itálico é de Mário Quintana) (Autora: Aline Brandt/Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais Nº 9610/98)

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